Olano quer ligar Leixões à Península Ibérica


Acabada de instalar-se na Plataforma Logística de Leixões, a Olano Portugal quer movimentar ali “cerca de 200 mil paletes e 2 000 TEU por ano”, antecipou João Logrado.

As novas instalações, construídas pela APDL e agora concessionadas por 30 anos, “têm cerca de 5 000 m2, e capacidade para receber em simultâneo 10 camiões ou contentores, e armazenar 10 000 paletes em temperatura controlada (de +6 a -25C)”.

No imediato, com cerca de 15 funcionários, ali serão disponibilizadas “basicamente, todas as actividades ligadas à logística de produtos com temperatura positiva ou negativa, operações de cross – de camiões ou de contentores -, armazenagem de mercadorias alimentares, cargas e descargas de contentores, e armazenagem em Entreposto Aduaneiro”.

Com a instalação na Plataforma Logística de Leixões, a Olano, de origem francesa mas com uma forte presença no país vizinho, propõe-se servir melhor os clientes que já possui na zona de influência do porto nortenho e, claro, conquistar mais, desde logo tirando partido das facilidades de acesso de Leixões.

Mas não só. A Olano já detém uma plataforma logística na Guarda, cidade que “está a 200 km do Porto, a 350 km de Lisboa, Madrid e Vigo, a 600 km de Valência (onde temos  um dos nossos maiores Entrepostos Frigoríficos, também com capacidade para 35 000 paletes, como na Guarda), sublinha João Logrado.

E, assim, a ideia é ligar Leixões “à Península Ibérica, através da centralidade geográfica da Guarda, quer por rodovia, quer por ferrovia”. “Não nos podemos esquecer das oportunidades que podemos gerar, através da ferrovia, após a conclusão das obras na via férrea, nomeadamente na intercepção das ligações da linha da Beira alta e da Beira Baixa, na Guarda, e o canal de ligação à Europa, desde a Guarda”, reforça o executivo.

O investimento em Leixões – “uma excelente oportunidade de mercado” – acontece em plena crise provocada pela Covid que, aparentemente, não tem molestado a Olano.

Qestionado a propósito, João Logrado afiançou que “as nossas actividades têm estado a evoluir, dentro daquilo que tínhamos projectado antes da pandemia. Temos conseguido captar novos clientes, novas actividades, que permitem compensar algumas que mais tenham sido atingidas pela pandemia”.



24 agosto 2020

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